sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Desvendando aromas



A união do perfume com a moda começou no século 20, quando Paul Poiret criou uma indústria de perfumes, a Parfums Rosne, em Paris. Foi então que ele passou a proporcionar às mulheres a possibilidade de, com um lindo vestido e um bom perfume, seduzir e criar uma identidade própria. Chanel, Dior, Lanvin, Calvin Klein e muitos outros seguiram o exemplo. Todos contribuíram para esse casamento que parece ser eterno. Esse fascínio que o perfume exerce tem aroma de mistério. Poucos sabem como funciona a fabricação das fragrâncias que encantam homens e mulheres. Trata-se de um processo demorado e minucioso.

Para começar, na natureza existem mais de 2.500 matérias-primas que podem ser utilizadas na perfumaria. Esses materiais são divididos em 14 grupos olfativos, como frutal, cítrico e floral. Existem duas formas de se extrair a essência de uma planta, a natural e a sintética. Muitas empresas optam por criar em laboratório as fragrâncias idênticas, outras captam o óleo essencial da planta através da destilação.

No Brasil, um exemplo de marca que se preocupa em extrair os óleos essenciais direto da natureza de forma sustentável é a Natura. A empresa possui diversas plantações pelo país para este fim. E se um óleo especial é necessário para completar alguma fragrância, é criada uma plantação específica para isso. Este é um dos motivos pelo qual um perfume pode levar até quatro anos para ficar pronto.

Depois de escolhidas as essências, o perfumista trabalha como um alquimista, misturando óleos e fragrâncias até encontrar a combinação que considera perfeita. Depois de encontrar o conjunto ideal, a fragrância responde por 30% do perfume, que conta com mais 10% de água e o resto de álcool. Segundo a perfumista da Natura, Verônica Kato, e diferentemente do que muitos pensam, os fixadores não existem. O que determina a duração de uma fragrância na pele são os grupos olfativos, as essências animais duram muito mais do que as cítricas, por exemplo. A concentração da fragrância também é determinante, e pode ir de 2% (colônias infantis) até 20% (parfum).

Já no frasco, a caminho da pele, o perfume é mais uma vez dividido, agora em três partes: saída, corpo e fundo. A saída são as notas que sentimos ao borrifar o produto, antes mesmo das gotas tocarem a pele. Como diz o nome, o corpo é o aroma da combinação entre o perfume e a pele nas primeiras horas. E o fundo é quando a fragrância já evaporou quase por inteiro.

Todo esse processo é ainda mais recheado de detalhes, fizemos um breve resumo de como se chega ao resultado final de uma fragrância. O trabalho necessário para produzir essa mistura de óleos essenciais, água e álcool é muito, mas a recompensa deve ficar por conta de deixar o mundo mais perfumado.


Por Karol Denardin
Texto visto e copiado Daqui

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